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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MATEMATICA E LEITURA

Matemática e Leitura

A leitura e a literatura nas aulas de matemática
Há tempos, diferentes autores vêm escrevendo sobre a importância da literatura infantil no aprendizado da língua materna, escrita e falada. Também é conhecida a riqueza do potencial literário para a alfabetização devido ao estímulo que representa na construção do código da língua escrita.
Nós do Mathema há alguns anos temos pesquisado sobre formas de integrar a literatura também nas aulas de matemática. Nesse tempo, para além da contribuição com a formação do leitor e do escritor, vimos que integrar literatura nas aulas de matemática representa uma substancial mudança no ensino tradicional da matemática, pois, em atividades deste tipo, os alunos não aprendem primeiro a matemática para depois aplicar na história, mas exploram a matemática e a história ao mesmo tempo.
Interrogado pelo texto, o leitor volta a ele muitas vezes para acrescentar outras expectativas, percepções e experiências. Desta forma, a história contribui para que os alunos aprendam e façam matemática, assim como explorem lugares, características e acontecimentos na história, o que permite que habilidades matemáticas e de linguagem desenvolvam-se juntas, enquanto os alunos lêem, escrevem e conversam sobre as idéias matemáticas que vão aparecendo ao longo da leitura. É neste contexto que a conexão da matemática com a literatura infantil aparece.
Através da conexão entre literatura e matemática, o professor pode criar situações na sala de aula que encorajem os alunos a compreenderem e se familiarizarem mais com a linguagem matemática, estabelecendo ligações cognitivas entre a linguagem materna, conceitos da vida real e a linguagem matemática formal, dando oportunidades para eles escreverem e falarem sobre o vocabulário matemático, além de desenvolverem habilidades de formulação e resolução de problemas enquanto desenvolvem noções e conceitos matemáticos.
Veja a seguir alguns cuidados que você precisa ter para desenvolver as propostas entre matemática e histórias infantis:
  • Conhecer a história antes de apresentá-la aos seus alunos para saber quais as possibilidades de trabalho que ela permite e se estão adequadas à sua classe.
  • Lembrar que nenhuma exploração matemática pode vir antes da própria história e nem tampouco deturpar o sentido da história.
  • O primeiro requisito para uma exploração de matemática a partir de um livro de histórias é que as crianças gostem e se envolvam com ele, com os personagens, etc.
  • O ideal não é explorar um livro a semana toda, mas aos poucos, com emoção, expectativa, problematizações especialmente preparadas para isso. Temos sugerido ao professor que ele faça isso em uma aula por semana, assim um mesmo livro pode levar um ou dois meses sendo trabalhado com a turma.
  • Não há necessidade de um livro para cada aluno. Você pode ter um livro por duplas, grupos de 4 ou mesmo um único livro em transparência, álbum seriado, etc.
Vale deixar claro finalmente que não pretendemos que a literatura para as crianças fique subjugada ao trabalho com a matemática, uma vez que sabemos ser o encanto e o prazer por ler as histórias a primeira e principal função da literatura na escola, em qualquer idade.

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